Ficção

Dinâmica da evaporação de corpos sólidos

R$9,90

São Paulo, primeira metade da década de 90. Surge uma pedra no meio do caminho. O crack está espalhado pelo centro e pelas periferias, modificando o panorama do comércio e do uso de drogas ilegais. Para os usuários, a velocidade do mundo se acelera: o efeito é rápido e explosivo, e o sequestro do cotidiano é implacável. Para a cidade, o extenso vocabulário do submundo ganha novas entradas: uma cracolândia produzindo legiões de zumbis, que se deslocam por cenários pós-apocalípticos. Para Ricá, a entrega da rotina ao automatismo de baixo custo da pedra é uma experiência abortada, uma simples lembrança. Mas, vinte anos depois, as reverberações vêm à tona de forma avassaladora, e ele se vê obrigado a mergulhar nos escombros da memória para reconstituir sua idade da pedra. Quando tudo o que fazia obedecia à dicotomia do descolar-e-usar, quando o valor de uma mercadoria era medido por sua capacidade de se converter em pedrinhas amareladas embrulhadas em papel alumínio. Quando o que determinava suas ações era a dinâmica da evaporação daqueles pequenos corpos sólidos.

Ebó pra Oxum na Mata Atlântica

R$2,90

Ebó pra Oxum é um ensaio visual e poético em homenagem às formas, saberes e ecologias do encontro da Mata Atlântica com o Oceano Atlântico de onde emergem saberes ancestrais.

Efeito Dominó

R$40,90

Flutuando no ar entre o passado e o presente, presa num sopro entre a vida e a morte, a autora faz uma dança através do tempo num ir e vir rumo à redenção.

Na contramão da velocidade e do excesso, a pausa, a simplicidade, a respiração.

Emma e o poliamor 

R$39,90

Emma e o Poliamor é o segundo volume da trilogia erótica Emma. A jovem antropóloga sueco-brasileira, especialista no estudo da sexualidade humana, entra em contato com a próxima entrevistada para o seu trabalho de campo, Caia Tommasi. A mulher é uma psicanalista madura e poliamorosa, dedicada a orientar pessoas interessadas na transição para o espectro da “não-monogamia consensual” tanto no consultório carioca como em imersões para “desaprender ciúmes” na idílica cidade de Paraty. Emma chega até a profissional sentindo uma forma de sossego, como se a sua pesquisa de mestrado pudesse finalmente seguir sem maiores distrações e dilemas do desejo atravessando a sua vida pessoal, um equívoco fascinante.

Emma e o sexo

R$40,00

Primeiro volume de uma trilogia, Emma e o sexo, da romancista e poeta Ilana Eleá, é uma obra que leva o leitor ao limite do desejo, da paixão e do erotismo. A personagem-título, Emma, é uma antropóloga nórdica que vem ao Brasil observar o comportamento erótico de mulheres que se autodenominam empoderadas sexualmente, para inclui-lo em seu estudo. Ela entrevista e acompanha uma cam girl profissional, bela e totalmente desinibida em suas aulas práticas…

Encarcerado

R$9,90

Encarcerado é um romance contemporâneo que se passa em dois tempos: o primeiro em 1978, no início da abertura do país após o regime militar, e o segundo no ano 2000, com alguns resquícios e revisões do regime ditatorial. O fio condutor é a vida de um homem, aparentemente indigente, que foi preso sem maiores provas no período final da ditadura e, vinte anos depois, sairá da prisão pelo trabalho de um defensor público. Nosso protagonista não tem nome ou identidade e parece ter sofrido um trauma muito grande. Sujo, desorientado e vivendo nas ruas há semanas, este homem vai se entregar à polícia por um crime que acredita ter cometido. O seu encarceramento é físico e psicológico. Durante os vinte e dois anos em que permanece preso, ele luta para descobrir a própria identidade e descobre uma saída na escrita. No calor dos dias, vai forjar com cuidado o seu próprio romance que terá como modelo uma das primeiras novelas de Dostoiévski, A dona da casa. Perdido entre sua triste realidade e a ficção do escritor russo, este encarcerado tentará avivar sua memória para investigar o seu passado e reconstruir o crime que imagina ter cometido. Cabe ao leitor unir os fios que ligam a vida deste escritor maduro e atordoado do ano 2000 à existência do jovem sonhador e estudante de letras que viveu em meio às agitações, enchentes e movimentos de 1978.

Encontros de neve e sol

R$49,90

Encontros de neve e sol é a saga de uma mulher-coragem. Em busca do amor, da felicidade e do esquecimento de amarguras vividas, a personagem deste romance embarca numa aventura em um país desconhecido e muito diferente do seu, no clima, na língua, nos costumes. Esta ficção é deliciosa, não só pela construção dessa mulher pela autora, mas também pelas descrições das alegrias e pânicos que ela vive. Você vai se reconhecer em muitas das situações criadas com sensibilidade e humor por Ilana Eleá.

Enquanto o tempo não passa

R$14,90

Com extrema sensibilidade, inteligência e capacidade de interpretação do aspecto psicológico dos personagens das histórias escolhidas, Stella Florence nos oferece nesta obra crônicas sobre a arte nas suas mais diversas manifestações: filmes, livros, peças, canções. Ela transita pelo mito de O fantasma da ópera às canções de Lupicínio Rodrigues, de O poderoso chefão a Franz Kafka, de Branca de neve a O crepúsculo dos deuses. Leveza e pontos para se  refletir tem de sobra em Enquanto o tempo não passa, um livro delicado e profundo, que pode ser lido de várias maneiras. Ideal para estes tempos diferentes de tudo que já experimentamos.

Enquanto uma estrela me ouvir

R$33,90

O pequeno povoado de Cibrão, distrito de Frei Gaspar (MG), local pelo qual a autora passou grande parte da infância, nutre um profundo carinho e, ainda hoje, lhe proporciona um intenso contato com a natureza, alimentou sua alma poética, manifestada já nos primeiros anos de vida.

Em 2020, a autora passou a residir na capital do Rio de Janeiro. Logo após sua chegada, teve início a pandemia de COVID-19, obrigando-a a um recolhimento domiciliar, juntamente com seu companheiro.

O resultado dessa imersão, aliado à sua predileção pela escrita, compõe este Enquanto uma estrela me ouvir…, um livro de poesias com variedade de gêneros, estilos e temas.

Ensimesmices

R$9,90

Um dente quebrado, um vulto no olho mágico, um produto que chega pelo correio: os dezoito contos de “Ensimesmices” partem de situações e acontecimentos aparentemente banais, mas que colocam seus protagonistas  sempre anônimos, posto que no fundo sempre somos nós mesmos — em situações surreais e desencadeiam uma torrente de inquietações sobre como nos vemos e qual o nosso lugar no mundo. Eventos prosaicos ensejam situações em que desponta o lado kafkiano da vida e lançam os personagens em espirais de desorientação e dúvida. Autoimagem, papel social, responsabilidades pessoais e profissionais, desejos e frustrações: esses são alguns dos temas com que nossos ensimesmados e, via de regra, solitários alter egos se defrontam, meio sem jeito e com pouca chance de encontrar respostas, mas ainda assim com doses comedidas de lirismo e humor.

Entre o frango e a crônica

R$7,90

Um frango atirado, uma árvore caída, uma lata de parafusos, um pedido de casamento. Entre o Frango e a Crônica traz uma breve seleção de crônicas onde os pequenos contratempos cotidianos encontram o bizarro e o inverossímil, numa narrativa descontraída e irreverente.

Estado de despejo

R$14,90

Estado de despejo é o terceiro livro de poemas de Ricardo Rizzo. Lançado exclusivamente em formato digital pelo selo Geleia Real, que tem coordenação de Ronald Polito.

Para Eduardo Sterzi, que assina o posfácio, “não há (…) como ser poeta, hoje, sem se defrontar com o que Ruy Belo, ainda em diálogo com os resíduos teológicos de sua formação juvenil, designou, no título de um de seus livros, «o problema da habitação». Nesse mundo, apenas a transformação do objeto em mercadoria – «rito odiado» pelo qual o «velho coração de objeto / gasto de existir / desde a pedra lascada» é exposto «a uma plateia calada» – faz-se interpretar como conquista de «uma vida / maior […] e mais livre». Compreende-se que seja, por contraposição, precisamente a «mínima vida» que interesse ao poeta: «vida mínima» ou «vida menor», diria ainda Drummond; «um pouco de vida, uma semi-vida», dirá agora Ricardo Rizzo. Trata-se, aqui, de dar atenção àquela «parcela mínima de vida», comum a homens e vírus (biologicamente, o gene; filosoficamente, diríamos com Benjamin e Agamben, a «vida nua»), que, como bem viu Oswald de Andrade, concentra numa «duplicidade antagônica» – ao mesmo tempo «benéfica» e «maléfica» – «o seu caráter conflitual com o mundo». Em ninguém essa «mínima vida» é mais aparente do que nos miseráveis: naqueles que foram reduzidos a ela. No entanto, é precisamente esse «pouco de vida» – e não a participação em qualquer plenitude mais ou menos ilusória – que constitui a região ontológica comum a elefantes e filhas inventadas, sem-teto e brinquedos quebrados, Macabéa e o corpo despedaçado de Cristo, o «bicho» que procura comida no lixo do pátio e os «velhos espíritos» que são «formas de poeira» resistentes à história e sua destruição, «o baço / que não usaram no transplante» e «alguma víscera / inicialmente não prevista».

Estados úmidos da matéria

R$40,00

Barthes diz que não foram os pintores que inventaram a fotografia, mas os químicos. Eu diria que, antes dos químicos e dos pintores e daquele velho ancestral que encheu as paredes de uma caverna de bisões avermelhados, animados pela luz e pela sombra, foram os poetas, esses seres de danação, essas crianças terríveis, que inventaram essa presença, para além da metáfora, da coisa, essa presença viva que certifica um movimento em sua própria ação de existir, que mais que o congela, atesta-o, que mais que o atesta, nomeia-o como real.

estela

R$66,90

Uma viagem que, por desígnios do Destino, vai fadada a não chegar ao destino esperado.

Da tragédia, apenas uma passageira sobreviverá, pois ainda há tarefas a cumprir e mesmo que muito se questione, não há como transferir a outros essa obrigação, já que foi para isso que “nasceu” e tem vivido desde então.

Um homem, desperto por um chamado que, de muito longe, lhe anuncia o passamento de M., anúncio que põe em funcionamento as engrenagens da memória que, como um “coveiro às avessas”, começa a…

estradas paralelas

R$14,90

Depois de um encontro fortuito com um colombiano em Cusco, Tarsila deixa sua São Paulo natal e decide fazer da Bogotá dele sua nova morada, mesmo sabendo que lá não mudam as estações. Antes mesmo de por os pés em solo bogotano, ela se apodera daquele espaço e, sentindo-se fortalecida no papel de estrangeira, cria com a cidade uma intensa relação. Nela, praticamente sozinha, Tarsila decide recomeçar do zero.

“Estradas paralelas” é seu romance de estreia. “Pequenos Exílios” é uma coleção de relatos ficcionais de viagem, elaborados por escritores que possuem em suas trajetórias uma experiência radical em solo estrangeiro. As cartografias destes pequenos desaparecimentos ecoam a proximidade entre viagem e literatura de toda uma vasta genealogia de escritores aventureiros. Entre legados e pressentimentos, estes “Exílios” acolhem o testemunho da alteridade e do desamparo, da vertigem e do desenraizamento, de um continente que constitui sujeitos e identidades mais assentados nas polifonias da estrada que nos costumes da terra.“Pequenos Exílios” é um manifesto não escrito de gêneros transnacionais. É um atestado de pertença ao desassossego e de recusa a endogamias artísticas. A trama de idiomas outros na textura da língua mãe.

Etelvina

R$45,00

Etelvina é um romanc­­e em primeira pessoa, estruturado como o diário de partida de uma mulher idosa, diante do diagnóstico de uma doença terminal. A protagonista mal completou o curso primário, daí o primeiro desafio narrativo autoimposto pelo autor, no plano da linguagem: criar uma voz plausível a uma narradora que se aventura pela primeira vez na escrita…

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