Poesia

26 poetas hoje

R$19,90

26 poetas hoje, publicado em 1976 como resposta dos poetas jovens aos anos de chumbo, volta agora às prateleiras virtuais, exclusivamente em formato digital e definitivamente publicado. Vários dos poetas que despontavam com vigor durante a década de 1970 foram lançados aqui. Hoje são nomes consagrados da literatura brasileira moderna. De lá pra cá…

À beira do abismo as árvores são azuis

R$14,90

São 75 poemas curtos que falam do sofrimento e das breves alegrias de uma relação amorosa. A imagem das árvores azuis, aquelas que ficam distantes, com o verde das folhas tingido pela névoa de uma fria manhã de inverno – como um amor que não se realiza.

Em alguns momentos, a autora brinca com uma felicidade que…

A música muito além do instrumento

R$0,00

Antologia de poetas da língua portuguesa? Poema lúdico? Poema-colagem?

São várias as possibilidades de leitura deste poema de apropriações que cita os nomes centrais de uma possível antologia. Mas, se por um lado o gesto de Bonvicino não apaga as autorias dos textos dos quais se apropria, bem como seus núcleos de significados, por outro cria novos sentidos para eles. O resultado, paradoxalmente, é um texto autoral.

O título do livro, também ele uma apropriação de um verso de Henriqueta Lisboa, talvez seja a chave para esse enigmático poema daquele que foi considerado pelo crítico Alcir Pécora como um dos maiores poetas brasileiros vivos.

Ouçamos então a música de Régis Bonvicino para muito além do(s) instrument(s).

AFOGADO – fragmentos nos olhos: o mar

R$9,90

Afogado – Fragmentos nos olhos: o mar é o resumo de um náufrago na alma onde todas as coisas parecem doer. É um terremoto e uma devastação surreal de sentimentos. Mas é também um romance no escuro, uma luz no azul, um tombo. Sobretudo amante.

Do outro lado a morte, o luto, Deus gritando no pé do ouvido. O duplo. O livro se destaca por ser dividido em três partes e ao mesmo tempo, ser um só.

Tocante, intenso, Renato Silva atravessa a linha do delírio. E nos leva junto com ele, em êxtase.

Água para borboletas

R$9,90

Os poemas de Marisa Rodrigues neste Água para borboletas catalisam os sentimentos e tornam-os claros. Legíveis. Vivos. Como a ranhura dos dentes e a cicatriz da infância. Perceptível e presente.

Águas desnecessárias

R$11,90

Águas desnecessárias, livro de estreia do poeta, professor e jornalista Cesar Garcia Lima publicado em 1997, chega agora à internet em três versões, com e-books em português, inglês e espanhol.

O autor transita por vários temas e alterna o olhar sobre a infância, a impossibilidade de prever o futuro e remediar o passado, expondo os conflitos de um diário íntimo forjado, a busca espiritual e a solidão cosmopolita.

Poemas curtos e irônicos – influenciados pela poesia marginal brasileira dos anos 1970 – alternam-se com poemas narrativos e versos intimistas, em um movimento de aproximação e distanciamento do público e do privado.

Ao apresentar a livro de Cesar Garcia Lima, o escritor e roteirista José Louzeiro enfatiza que “sua poética se faz da experiência, do entendimento e da reflexão”.

Escrito sob o impacto da falta, entre a Amazônia e grandes cidades brasileiras, o livro evoca a perda, mas também as descobertas.

Ângulo de guinada

R$19,90

Ângulo de guinada é um livro de poesia incomum. Mescla de reflexão filosófica sobre a mercantilização do espaço público, prosa sobre o valor da arte contemporânea, sequências líricas e poesia experimental.

Ben Lerner – um dos mais criativos autores de sua geração – investiga o destino do espaço e do discurso públicos, e como as tecnologias de visualização – fotos aéreas em especial – criam em nossa cultura uma imagem de si própria; uma imagem espetacular.

Lerner faz parte de uma geração assombrada pela ideologia da Guerra ao Terror. Política, tecnologia e a construção de discursos e imagens são temas urgentes que não escapam ao olhar nada previsível deste instigante artista.

Ávida vida

R$9,90

Ávida Vida traz uma poeta inteira, lúcida, madura, consciente do que quer e alinhando sua poesia aos aspectos existenciais que unificam um ontem, um agora e um amanhã que se sobrepõem às pequenezas depositadas sobre a vida mundana saltando para a grandeza que todos os seres humanos querem em destaque, nas suas passagens pelo mundo.

Azul vão

R$36,90

Em mais uma série de poemas em prosa, o poeta ou poemista em prosa (prefere o autor) interroga o céu em busca de resposta para o desamparo nosso em face da tragicomédia cósmica, como já o fizeram outros tantos ancestrais. Altos, distantes, frios, se espelham, alheios à sorte humana, o vão do céu e o vão do azul.

Cerejas azuis da meia noite

R$9,90

O eu lírico da poética de Marisa Sevilha Rodrigues fala dos sentimentos e dos sentidos femininos, e espargem sensualidade em seus poemas. A nudez que se declara abertamente na poética sevilhana é a pele que se despe do desnecessário, para ficar apenas com o que importa verdadeiramente, o sentir mais profundo:

“Se o tempo não fosse tão ardil,
ficaríamos com nossas rugas
a entabular conversas íntimas”. 

Suas delícias do prazer erótico são tão generosas com seu leitor, que se entrega às fantasias de amor, de encantos e feitiços. Mas, que ele não se deixe enganar por esse canto de sereia, pois inevitavelmente, será arrastado para outras experiências, bem mais intensas, como a dor física e moral, a traição, e a experiência da perda ou da morte.

Enfim, na antessala de Cerejas Azuis da Meia Noite está o gozo, mas as portas do sofrimento também se abrirão lá pelas tantas do livro, pois os poemas sevilhanos não estão livres da pobre condição humana. Assim é o destino de todo homem sobre a terra.

Um destino impregnado de ventura e desventura, tão bem captado e transformado em versos por essa poeta sensível ao que existe de mais recôndito e terrível nas nossas almas.

Certezas e peregrinações

R$14,90

É um conjunto de 63 poemas, alguns quase lacônicos – de tão curtos parecem um soluço ou um desabafo irrompendo algum silêncio obrigatório. Falam de sentimentos, desejos, esperanças, a leitura de momentos, de locais conhecidos ou apenas imaginados. São poucas as certezas – e elas se referem às experiências comuns do cotidiano. Os poemas expõe um mundo interno, a confusão das frustrações, mas também comemoram a vida na sua simplicidade.

As imagens que acompanham o texto são fotos feitas pela autora no deserto do Atacama. Registram o ambiente inóspito, grandioso, surpreendente, o esforço continuado da natureza em se manter na sua majestade. E também aparece a interferência do homem que ao construir caminhos, garante a eterna peregrinação.

Deus devolve o revólver

R$19,90

Libreto do álbum Deus devolve o revolver reúne 16 poemas inéditos de Régis Bonvicino. Nas palavras do crítico Alcir Pécora, que assina o prefácio, são “poemas de mastigar pedras – não as dos agrestes, como as de Cabral, ou as de ferro, como as de Drummond, mas é óbvio que o construtivismo do primeiro, como o desengano lírico do segundo são um legado decisivo para a poesia de Régis. Poemas de mastigar ruínas dos centros das grandes cidades brasileiras, de que São Paulo é o exemplo por antonomásia, tendo por centro os seus acampamentos ubíquos de lumpens, cuja figura mais desamparada e fora de controle, mais impossível de assimilar à vida civil, é o noia”.

Ebó pra Oxum na Mata Atlântica

R$2,90

Ebó pra Oxum é um ensaio visual e poético em homenagem às formas, saberes e ecologias do encontro da Mata Atlântica com o Oceano Atlântico de onde emergem saberes ancestrais.

Efeito Dominó

R$40,90

Flutuando no ar entre o passado e o presente, presa num sopro entre a vida e a morte, a autora faz uma dança através do tempo num ir e vir rumo à redenção.

Na contramão da velocidade e do excesso, a pausa, a simplicidade, a respiração.

Enquanto uma estrela me ouvir

R$33,90

O pequeno povoado de Cibrão, distrito de Frei Gaspar (MG), local pelo qual a autora passou grande parte da infância, nutre um profundo carinho e, ainda hoje, lhe proporciona um intenso contato com a natureza, alimentou sua alma poética, manifestada já nos primeiros anos de vida.

Em 2020, a autora passou a residir na capital do Rio de Janeiro. Logo após sua chegada, teve início a pandemia de COVID-19, obrigando-a a um recolhimento domiciliar, juntamente com seu companheiro.

O resultado dessa imersão, aliado à sua predileção pela escrita, compõe este Enquanto uma estrela me ouvir…, um livro de poesias com variedade de gêneros, estilos e temas.

Estado de despejo

R$14,90

Estado de despejo é o terceiro livro de poemas de Ricardo Rizzo. Lançado exclusivamente em formato digital pelo selo Geleia Real, que tem coordenação de Ronald Polito.

Para Eduardo Sterzi, que assina o posfácio, “não há (…) como ser poeta, hoje, sem se defrontar com o que Ruy Belo, ainda em diálogo com os resíduos teológicos de sua formação juvenil, designou, no título de um de seus livros, «o problema da habitação». Nesse mundo, apenas a transformação do objeto em mercadoria – «rito odiado» pelo qual o «velho coração de objeto / gasto de existir / desde a pedra lascada» é exposto «a uma plateia calada» – faz-se interpretar como conquista de «uma vida / maior […] e mais livre». Compreende-se que seja, por contraposição, precisamente a «mínima vida» que interesse ao poeta: «vida mínima» ou «vida menor», diria ainda Drummond; «um pouco de vida, uma semi-vida», dirá agora Ricardo Rizzo. Trata-se, aqui, de dar atenção àquela «parcela mínima de vida», comum a homens e vírus (biologicamente, o gene; filosoficamente, diríamos com Benjamin e Agamben, a «vida nua»), que, como bem viu Oswald de Andrade, concentra numa «duplicidade antagônica» – ao mesmo tempo «benéfica» e «maléfica» – «o seu caráter conflitual com o mundo». Em ninguém essa «mínima vida» é mais aparente do que nos miseráveis: naqueles que foram reduzidos a ela. No entanto, é precisamente esse «pouco de vida» – e não a participação em qualquer plenitude mais ou menos ilusória – que constitui a região ontológica comum a elefantes e filhas inventadas, sem-teto e brinquedos quebrados, Macabéa e o corpo despedaçado de Cristo, o «bicho» que procura comida no lixo do pátio e os «velhos espíritos» que são «formas de poeira» resistentes à história e sua destruição, «o baço / que não usaram no transplante» e «alguma víscera / inicialmente não prevista».

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