Este livro de cartas pode ser lido como uma espécie de autobiografia da poeta carioca Ana Cristina Cesar. Em uma das cartas, a própria Ana diz que “cartas e biografias são mais arrepiantes que a literatura”, e já sugeria a sua amiga Ana Candida a publicação futura da correspondência entre as duas. Embora sem contar com seu voto e com seu veto, esta coletânea vai ao encontro de seu desejo. O período coberto é o de 1976 a 1980, e revela Ana C. na sua intimidade, com algumas das melhores amigas que fez durante a vida. Esta edição ainda contém dois áudios raros: uma aula de Ana C. na PUC-RJ e uma entrevista para o programa de rádio Café com Letra. Organização: Heloisa Buarque de Hollanda e Armando Freitas Filho. Atenção: os arquivos de áudios estão disponíveis apenas para o aplicativos de leitura em tablets e smartphones.
Mil tons – O meu Millôr
R$16,00Mil tons – O meu Millôr é uma biografia singular. Já no título podemos notar a marca da subjetividade. O jornalista Alberto Villas acompanha a trajetória de Millôr desde O Cruzeiro, quando Villas ainda era uma criança vivendo em Minas Gerais.
Nunca deixou de seguir os passo de Millôr: de Paris ou de São Paulo, recortando as páginas do humorista nas revistas Veja, IstoÉ, O Pasquim e em diversos jornais.
Nesta biografia afetiva encontramos o gênio de Millôr Fernandes por inteiro: desenhista, tradutor, frasista, dramaturgo, poeta, fabulista e, principalmente, um grande humorista. Também conhecemos uma geração fortemente influenciada por sua pena. Nos momentos mais duros da história recente brasileira, lá estava o humorista carioca aliviando a barra de uma geração que sofria com as privações impostas pela ditadura militar. Acompanhamos também a redemocratização do Brasil, os anos FHC e a chegada do PT ao governo.
Nesse movimento de se colocar como interlocutor do biografado, sem com isso abrir mão do rigor bibliográfico, Alberto Villas toca em um dos pontos mais sensíveis da crítica cultural atual: a recepção das obras.
Este é também um livro de história do Brasil. Incomum. Os fatos do país e do mundo estão filtrados pela forma que toda uma geração leu, riu e consegui tocar em frente, graças às tiradas semanais de Millôr Fernandes.
Como diz o autor do livro: “O meu Millôr que apresento neste livro é uma figura única. Se surgir algum parecido, recuso imitações.”
Com prefácio de Paulo Werneck, curador da FLIP na ocasião em que Millôr Fernandes foi o homenageado principal do evento.
Avaliações
Não há avaliações ainda.