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Após escrever uma dezena de livros, Olga Curado conta o que fez para publicar

A jornalista e consultora Olga Curado ficou conhecida nacionalmente por orientar lideranças empresariais e políticas a melhorarem o discurso e a imagem. Trabalhou por quase 15 anos na TV Globo, integrou a redação dos principais jornais do país e tem uma coluna no UOL.

Curado já havia publicado alguns livros na área de sua atuação profissional, a exemplo de A imagem revelada – sobre seu método que desvenda o conteúdo da imagem e assim, permite um melhor posicionamento.

Agora, ela apresenta uma nova faceta: a de escritora ficcional. Animada com as possibilidades da publicação independente, tira seus manuscritos da gaveta, como fez com seu livro de poesia À beira do abismo as árvores são azuis.

A seguir, ela conta sobre sua experiência:

Você optou em publicar de forma independente e em formato e-book tanto sua produção ficcional (poemas e contos) como livros voltados para a sua área de atuação profissional. Por que você escolheu esse caminho?
Observando a maneira com que as pessoas se relacionam cada vez mais com apoio da tecnologia e reconhecendo que é com a ajuda da internet que os conteúdos se propagam de maneira mais simples e democrática. Optei por disponibilizar grande parte da minha produção literária e de natureza profissional pensando em atingir de forma direta um público que se sente mais à vontade com as ferramentas digitais. Foi uma opção pela simplicidade e agilidade.



Como foi o processo de edição e publicação dos livros?
O essencial é ter apoio de profissionais atentos e competentes para suprir o desconhecimento do autor em relação ao processo de produção do livro, as qualificações especializadas – como edição, diagramação e criação de capa. Tive bastante sorte nesses quesitos, o que me deixou bem tranquila e bastante feliz com os resultados.

O essencial é ter apoio de profissionais atentos e competentes para suprir o desconhecimento do autor em relação aos processos produtivos e as qualificações especializadas

Você se envolveu com a divulgação dos livros de alguma maneira?
Confesso que não. E isso é uma falha que reconheço e agora tento remediar por meio de uso de minhas mídias sociais e no desenvolvimento de um novo site em que as obras também podem ser conhecidas. As minhas relações profissionais e visibilidade no mercado não tem qualquer vínculo com a atividade de escritora. O meu desafio é construir uma ponte sobre o fosso que separa a minha história como jornalista e consultora à minha produção autoral, tudo numa só identidade. Não é uma tarefa fácil porque, embora ao longo de toda a vida sempre tenha escrito, não tornei público esse trabalho.

O que você espera como retorno tanto da produção ficcional como da produção na sua área de trabalho?
Tenho a ambição de tocar corações e mentes com meus livros. Assim como fui tocada por diversos autores, textos e criações artísticas. A literatura é, para mim, um espaço de reflexão e de emoção que tem uma grande capacidade transformadora. Ela nos ajuda a construir novos olhares sobre as nossas experiências e a realidade o que, muitas vezes, sozinhos não faríamos.

A literatura é, para mim, um espaço de reflexão e de emoção que tem uma grande capacidade transformadora.

Como você vê até aqui a aceitação por parte dos leitores do livro digital (e-book)?
O hábito de leitura do consumidor tradicional de literatura se modifica lentamente do papel para o e-book. O conteúdo técnico parece mais facilmente aderente ao leitor que se informa ou estuda com recursos on-line. Creio que é uma questão de tempo que o leitor irá incorporando mais o e-book como opção preferencial para a leitura. Ainda há um caminho a ser percorrido.

Quais os próximos passos na sua carreira de escritora?
Por a cara para fora, me mostrar mais como autora e escrever mais. Ainda tenho alguns títulos para serem publicados – em literatura infantil, poesia e estou trabalhando numa história relacionada ao Aikido, a arte marcial que pratico.

Tenho que tomar cuidado para não soterrar as pessoas com tanta escrita, mas não tenho como conter a criação – se tentar, morro.

O meu esforço será o de divulgar mais o meu trabalho e vencer a minha própria ignorância e inércia em relação a necessidade de procurar espaços para que a minha poesia, as minhas histórias sejam conhecidas. Essa é uma tarefa que exige dedicação e continuidade. Estou reunindo coragem e buscando ajuda. O que escrevo, assumo, não é apenas para mim.



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Foto: divulgação

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