Autor(a)

Flavio Dias

Se você cruzar em Vevey um jovem e refrescante senhor que acabou de festejar os seus quarenta anos – usando bermuda e havainas no verão helvético ou de boina e jaqueta de couro nos glaciais invernos em que os Alpes nos observam bondosos – inevitavelmente armado de vários Moleskines e de uma caneta Bic quatro cores, esse é Flávio Dias. Na vida de todo dia, ele se ocupa de seu filho e de diferentes posturas de Pilates, mas, verdadeiramente, ele cuida mesmo é de imposturas. Na arte e sobretudo na escrita. Vocês encontrarão certamente quaisquer elementos do seu percurso biográfico no seu romance A Bengala de Chaplin, pois, a frase motor de Flávio é, sem dúvida, a seguinte: truth is in fiction.

Livros do(a) Autor(a)

A bengala de Chaplin

R$14,90

A bengala de Chaplin é um trabalho da imaginação. Todo personagem e eventos são fictícios. Nenhuma semelhança com pessoas reais é intencional ou deve ser deduzida – uma leitura surpreendente, intensa e criativa em torno do desaparecimento da bengala da estátua de Charlie Chaplin na pacata, pequena e charmosa cidade de Vevey, na beira do lago Léman, na Suíça.

Esse mistério serve como pretexto para a criação de uma estrutura (exercícios, observações, variantes, notas, indicações em imperativo) que banha-se em métodos investigativos. O pulo do gato está no método que, em vez de coagir o objeto – ou de fixar a deambulação – permite justamente uma experimentação radical e plena de variações de velocidade.

Se o livro pudesse ser desenhado seria provavelmente formado por algumas linhas retas e várias pequenas formas ao redor delas. A busca de estrutura dá alcance ao livro, o motor/máquina de sua escrita move-se em linhas sutis, finas, alegres e venenosas. Encantadoras e traidoras. Entre feitiços e desencantos, Jackson, o personagem principal perde-se amargo e doce nos seus amores de cidades: Paris, Lausanne, Lisboa, Madrid e, sobretudo, nos ventos do Sul do mundo e de sua lha de Santa Catarina natal: de onde ele vem e que por onde vai, como uma bengala roubada…

A bengala de Chaplin revela-se um labirinto de jogos narrativos em que a linha entre diferentes estilos literários estreita-se até o infinito.

As bruxas do lago Léman

R$14,90

Até 1782, nos castelos à beira do lago Léman, entre a França e a Suíça, cerca de 5 mil mulheres foram julgadas e condenadas por bruxaria. A grande maioria, após torturas e sofrimentos, levada à fogueira. Em plena filmagem de seu primeiro documentário – As bruxas do lago Léman – a jovem cineasta parisiense Diane recebe a notícia que seu pai biológico (que ela pouco conhecera) foi encontrado morto, em circunstâncias estranhas, na ilha de Santa Catarina, também conhecida como ilha das bruxas. Guiada por impressionantes coincidências e “serendipidades”, Diane mergulha de corpo e alma numa jornada em busca de seu passado, da verdade sobre a morte de seu pai, e de um laço que una destino, poesia, arte e bruxaria.