Autor(a)

Leandro Jardim

É um escritor e letrista carioca. Formado em comunicação e pós-graduado em engenharia de produção. Professor na área de gestão, atualmente é mestrando em administração pela PUC-Rio.

Publicou os livros A angústia da relevância (Romance, 2016), Peomas (poesia, 2014) e Rubores (contos, 2012); além de outros dois de poesia: Os poemas que não gostamos de nossos poetas preferidos (2010) e Todas as vozes cantam (2008).

Livros do(a) Autor(a)

Peomas

R$14,90

Já no título, este livro nos instiga. Peomas é o quarto livro de Leandro Jardim, autor também de Todas as vozes cantamOs poemas que não gostamos dos nossos poetas favoritos e Rubores. Novamente, o poeta, contista, letrista e compositor oferece ao leitor, a partir de um competente exercício de metalinguagem, a oportunidade de se pensar ludicamente a literatura. Sim, Leandro é daqueles autores que encaram a escrita como um ofício (ainda que lúdico e prazeroso) e em cuja obra podemos entrever um projeto, um pensamento sobre o próprio fazer literário. Em seus livros há sempre uma hipótese do que pode vir a ser a poesia, a literatura, a autoria. Em Todas as vozes, por exemplo, a sugestão de que basta estar na linguagem para ser poeta. Agora, em Peomas, a insinuação é a de que a poesia pode estar no simples rearranjar dos signos. E se não é nova a hipótese (já tão levada a cabo por movimentos de vanguarda como o surrealismo e a pop-art) de que o que resta ao artista hoje é combinar e recombinar aquilo que já foi dito afim de que outros sentidos sejam produzidos, é única (e agradabilíssima ao leitor) a maneira como Jardim a testa ao longo deste novo livro. (Eu tenho escrito peomas,/ debruçado-me em porsas/ e parcas cançeõs/ alheias; tenho buscado o torto, o novo,/o alterado/desses sentimentos/iguais; tenho encontrado no erro/ outro efeito:/um certo/prazer em conhecê-lo).

Em dias em que muitos potetas, (ops!, poetas) se protegem debaixo do enorme guarda-chuva de neomarginais, o leitor poderá encontrar, em meio a tanta oferta, este livro belo e maduro, fruto de um trabalho competente e de uma sensibilidade única e intransferível.

Rubores

R$14,90

Leandro Jardim publicou anteriormente dois livros de poesia: Todas as vozes cantam (7Letras, 2008) e Os poemas que não gostamos de nossos poetas preferidos (e outros exercícios ensimesmados) (Orpheu, 2010). Desde então, Jardim se dedica à composição em parcerias com músicos como Matheus Von Krüger, Rafael Gryner, Diogo Cavadal e Anna Clara Valente. Ele mantém o blog “Elefantes na varanda” (http://leandrojardim.blogspot.com.br/), dedicado à música e à literatura.

Segundo Ramon Mello, autor de Vinis mofados (Língua Geral, 2009) e Poemas tirados de notícias de jornal (Móbile, 2012), o autor retrabalha sua relação com a poesia na forma da prosa. Assim, Jardim trata de forma delicada o texto e proporciona “um jogo de revelações, simulações e transformações” onde “em cada história acompanhamos a busca pela significação da vida e seus mistérios”. Já Antônio Xerxenesky, autor de Areia nos dentes (2008/2010) e A página assombrada por fantasmas (2011, ambos pela Rocco), afirma se tratar de uma estreia vigorosa. Em seu prefácio, também menciona a ligação entre a prosa e a poesia e a criação literária em si. “Para a sorte do leitor, Leandro Jardim se atira de cabeça em ambos, construindo uma prosa inquieta, repleta de narradores movidos pela curiosidade”, destaca.