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O sinal para os pedestres se abre. As pessoas que esperam nas calçadas iniciam então a travessia. Em meio àquela multidão, duas delas cruzam os olhares, julgam se conhecer, mas continuam seu percurso levando apenas a dúvida consigo.
Esta foi a situação escolhida pelo autor Samir Mesquita para o desafio de Noemi Jaffe, curadora do Selo JOTA: escolher uma história banal e escrevê-la das mais diversas formas e pontos de vista. Em 40 diferentes versões desta cena tão repetida no cinema e comum em nossas vidas, o autor explora formas como prosa, poesia, diálogo, reportagem, depoimento, entrevista e uma quase epopeia, e apresenta personagens como um aluno em um curso de roteiro, um filho que julga reconhecer o torturador do pai, ou um pai que desconfia ter reconhecido uma filha abandonada, um trabalhador refém de uma rotina, uma mulher em terapia, uma bailarina russa, entre outros tantos. Clichê é assim um livro que busca na repetição uma forma de explorar o novo. E que tenta fugir a cada página da palavra que lhe dá título. A ideia original do Selo JOTA partiu do pioneiro e consagrado Oulipo, grupo de escritores entre os quais se incluíam Italo Calvino, Raymond Queneau e Georges Perec. Todos os livros do JOTA partem de um desafio, de restrições narrativas que, por paradoxal que pareça, atuam de maneira a incrementar o texto ficcional.
Cada um dos 50 capítulos de “Curriculum Vitae” representa uma das 50 perguntas mais frequentes em entrevistas de emprego. De um lado uma entrevistadora, de outro mais um desempregado. Tudo muito corriqueiro, não fosse o entrevistado ser Antônio Lobato dos Reis, um homem que não gosta de trabalhar e que não faz a menor questão de esconder isso. Com a premissa de que vida nenhuma cabe num curriculum vitae, o ultra-sincero Antônio vai nos contando da sua, tão complexa como todas, pelas horas que duram sua dança de passos nada ensaiados entre ele e sua entrevistadora.
A imprensa é um canal de comunicação permanente entre a sociedade e as instituições públicas e privadas, e entre cidadãos.
O poder da imprensa faz com que ela seja identificada como responsável por desempenhar papel essencial na construção das democracias.
Para quem é notícia nem sempre é fácil compreender o jornalista.
Todas as práticas têm regras e rituais e o jornalismo não é diferente de nenhuma delas. Possui limites e injunções próprias, de natureza técnica, ideológica e ética.
Durante mais de vinte e cinco anos, Olga Curado esteve nas redações de jornais, de televisão, ouvindo as fontes, selecionando e divulgando notícias.
Do lado de cá, como consultora de Comunicação, observou a imprensa na perspectiva da fonte. Recolheu algumas respostas que podem ser úteis no relacionamento entre quem informa e quem noticia. Muitas perguntas ainda estão sem respostas.