Todas as vidas, por mais simples que possam parecer, guardam segredos e, invariavelmente, eles são a causa de todas as mortes. O que existe em comum entre obras de arte, dois corpos mutilados em forma de cruz e um líquido vermelho? Aparentemente nada os liga, exceto aquilo que se encontra no passado obscuro, nas profundezas da alma. E é esse quadro de destruição e morte que encontram o investigador Ulisses e o misterioso Dr. Foster, um psiquiatra forense que almeja ser uma estrela da literatura. Eles devem encontrar o autor dessas atrocidades, isso se ele não os encontrar antes. Crimes em vermelho é a saga desses dois homens que buscam respostas para tantas perguntas, além de se depararem com tantas surpresas e reviravoltas inesperadas ao longo de sua insólita aventura.
A bengala de Chaplin
R$14,90A bengala de Chaplin é um trabalho da imaginação. Todo personagem e eventos são fictícios. Nenhuma semelhança com pessoas reais é intencional ou deve ser deduzida – uma leitura surpreendente, intensa e criativa em torno do desaparecimento da bengala da estátua de Charlie Chaplin na pacata, pequena e charmosa cidade de Vevey, na beira do lago Léman, na Suíça.
Esse mistério serve como pretexto para a criação de uma estrutura (exercícios, observações, variantes, notas, indicações em imperativo) que banha-se em métodos investigativos. O pulo do gato está no método que, em vez de coagir o objeto – ou de fixar a deambulação – permite justamente uma experimentação radical e plena de variações de velocidade.
Se o livro pudesse ser desenhado seria provavelmente formado por algumas linhas retas e várias pequenas formas ao redor delas. A busca de estrutura dá alcance ao livro, o motor/máquina de sua escrita move-se em linhas sutis, finas, alegres e venenosas. Encantadoras e traidoras. Entre feitiços e desencantos, Jackson, o personagem principal perde-se amargo e doce nos seus amores de cidades: Paris, Lausanne, Lisboa, Madrid e, sobretudo, nos ventos do Sul do mundo e de sua lha de Santa Catarina natal: de onde ele vem e que por onde vai, como uma bengala roubada…
A bengala de Chaplin revela-se um labirinto de jogos narrativos em que a linha entre diferentes estilos literários estreita-se até o infinito.
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