Um dente quebrado, um vulto no olho mágico, um produto que chega pelo correio: os dezoito contos de “Ensimesmices” partem de situações e acontecimentos aparentemente banais, mas que colocam seus protagonistas — sempre anônimos, posto que no fundo sempre somos nós mesmos — em situações surreais e desencadeiam uma torrente de inquietações sobre como nos vemos e qual o nosso lugar no mundo. Eventos prosaicos ensejam situações em que desponta o lado kafkiano da vida e lançam os personagens em espirais de desorientação e dúvida. Autoimagem, papel social, responsabilidades pessoais e profissionais, desejos e frustrações: esses são alguns dos temas com que nossos ensimesmados e, via de regra, solitários alter egos se defrontam, meio sem jeito e com pouca chance de encontrar respostas, mas ainda assim com doses comedidas de lirismo e humor.
existe e está aqui e então acaba
R$14,90Após passar o Réveillon no Rio de Janeiro, um professor de literatura viaja para uma pequena cidade do agreste pernambucano para visitar um amigo e dar um curso sobre literatura clássica. Intrigado pela história da região e pela família do amigo, o professor inicia uma busca pelas origens da cidade.
O livro é uma viagem de transformação desse narrador a partir do mergulho no desconhecido do próprio país, um percurso de exílios, voluntários ou não, conectando os primórdios da literatura ocidental com os territórios perdidos do sertão brasileiro.
“Pequenos Exílios” é uma coleção de relatos ficcionais de viagem, elaborados por escritores que possuem em suas trajetórias uma experiência radical em solo estrangeiro.
As cartografias destes pequenos desaparecimentos ecoam a proximidade entre viagem e literatura de toda uma vasta genealogia de escritores aventureiros. Entre legados e pressentimentos, estes “Exílios” acolhem o testemunho da alteridade e do desamparo, da vertigem e do desenraizamento, de um continente que constitui sujeitos e identidades mais assentados nas polifonias da estrada que nos costumes da terra.
“Pequenos Exílios” é um manifesto não escrito de gêneros transnacionais. É um atestado de pertença ao desassossego e de recusa a endogamias artísticas.
A trama de idiomas outros na textura da língua mãe.
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